terça-feira, 21 de maio de 2013

Cabaré processa a Igreja Universal

Recebi, há poucos dias, a mensagem abaixo, via correio eletrônico. Não me preocupei em verificar a veracidade dos fatos - encantou-me a plausibilidade dos mesmos...e diversos desdobramentos a partir deles.


 
Em Aquiraz, no Ceará, dona Tarcília Bezerra construiu uma expansão de seu cabaré, cujas atividades estavam em constante crescimento após a criação de seguro desemprego para pescadores e vários outros tipos de bolsas. 

Em resposta, a Igreja Universal local iniciou uma forte campanha para bloquear a expansão, com sessões de oração em sua igreja, de manhã, à tarde e à noite. 

O trabalho de ampliação e reforma progredia célere até uma semana antes da  reinauguração, quando um raio atingiu o cabaré queimando as instalações elétricas e provocando um incêndio que destruiu o telhado e grande parte da construção. 

Após a destruição do cabaré, o pastor e os crentes da igreja passaram a se gabar "do grande poder da oração". 

Então,  Tarcília processou a igreja, o pastor e toda a congregação, com o fundamento de que eles "foram os responsáveis pelo fim de seu prédio e de seu negócio" utilizando-se da intervenção divina, direta ou indireta e das ações ou meios.” 

Na sua resposta à ação judicial, a igreja, veementemente, negou toda e qualquer responsabilidade ou qualquer ligação com o fim do edifício. 

O juiz a quem o processo foi submetido leu a reclamação da autora e a resposta dos réus e, na audiência de abertura, comentou: 
- Eu não sei como vou decidir neste caso, mas uma coisa está patente nos autos: Temos aqui uma proprietária de um cabaré que firmemente acredita no poder das orações e uma igreja inteira declarando  que as orações não valem nada!”.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Ser bandido é, antes de tudo, um problema de caráter

Esta frase está contida em uma interessante provocação de Luiz Felipe Pondé (O bandido e o frentista). Ironias à parte, abundantes no texto, ele traz à tona outros vieses frequentemente esquecidos na discussão sobre a criminalidade - e, atualmente, sobre a redução da maioridade penal.

O mais curioso é que os cristãos já não são os únicos que falam (falamos??) sobre o pecado individual como uma das causas da criminalidade atual.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Razões a favor do aborto

A recente decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) favorável ao aborto até a 12.ª semana de gravidez, dependendo apenas da vontade autônoma da mulher, dá-nos a ocasião para tratar mais uma vez desse tema. Ouso escrever novamente sobre o assunto mesmo porque o silêncio poderia sugerir falta de argumentos, e isso não é verdade. Por falar nisso, tratemos de alguns argumentos favoráveis ao aborto.

O aborto seria aprovável até a 12.ª semana de gestação porque o tubo neural do feto ainda não se formou? Assim, a sua condição equivaleria à de um morto cerebral? Mas se assim fosse, como justificar os estudos e práticas de psicologia e de psiquiatria que se ocupam da vida humana desde uma fase bem anterior a 12 semanas de gestação? A condição de um morto cerebral nunca pode ser equiparada à de um feto, que está em plena dinâmica vital.

Na vida humana, não se pode estabelecer uma fase que já não seja humana desde o seu primeiro início, na fecundação. Aquilo que aparece na 13.ª semana já existia também desde a primeira semana de gestação: um ser humano vivo. Embora ainda não esteja completo, ele já existe em sua identidade humana, que não se inicia somente na 13.ª semana de gestação.


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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Aborto como problema de saúde pública

Fico um pouco incomodado quando os defensores do aborto dizem que o tema deve ser analisado "como questão de saúde pública".

Claro que é questão de saúde pública. Mas dizer isso só faz sentido quando todas as outras questões já foram resolvidas. Para quem considera o aborto um atentado à vida humana, ou seja, como algo próximo do assassinato, não adianta nada falar em saúde pública.

Se a polícia fizesse uma "blitz" nas clínicas clandestinas, e prendesse todos os "fazedores de anjinhos", também a famosa questão da "saúde pública" estaria resolvida em grande parte.

Além disso, o objetivo dos antiabortistas é convencer as gestantes de que elas não devem cometer um ato, em última análise, criminoso. Estariam livres, ademais, dos graves riscos que esse ato implica.

ver restante em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/107776-misterios-do-aborto.shtml



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