quarta-feira, 13 de julho de 2011

Metodistas elegem bispos e aprovam plano de expansão missionária

Brasília, quarta-feira, 13 de julho de 2011 (ALC) - Após oito turnos, em oito horas de escrutínio, a Igreja Metodista do Brasil escolheu o Colégio Episcopal para os próximo quatro anos. A eleição transcorreu no 19. Concílio Geral, reunido de 9 a 17 de julho em Brasília, que também aprovou projeto estratégico missionário para o Brasil, prevendo para daqui a 15 anos instalação de uma Região Eclesiástica em 26 Estados da Federação.

A meta inicial é a de consolidar uma Região Eclesiástica em Minas Gerais, criar uma Região em Santa Catarina, outra em Mato Grosso do Sul, e promover a autonomia das congregações do interior de São Paulo até o próximo Concílio Geral, em 2016. 

Dos oito bispos que integram o Colégio Episcopal, cinco foram reeleitos: Paulo Tarso de Oliveira Lockmann, João Carlos Lopes, a bispa Marisa de Freitas Ferreira, Luiz Vergílio Batista da Rosa e Adolfo Evaristo de Souza. São novos integrantes do Colégio: Adonias Pereira do Lago, Roberto Alves de Souza e José Carlos Peres.
Dados apresentados no Concílio indicam que a Igreja Metodista experimentou crescimento de 20,84% de 2006 a 2011, somando agora 214,7 mil membros, que dispõem de 1.038 igrejas, 373 congregações, 400 pontos missionários no país, atendidos por 209 pastores e pastoras, dez diáconos e diaconisas, e 1.073 presbíteros e presbíteras. Nos últimos cinco anos, foram incorporados ao ministério 360 ministros.

O presidente do Concílio, bispo João Carlos Lopes, e o secretário executivo do Colégio Episcopal, pastor Stanley da Silva Moraes, não permitiram a distribuição de Carta Aberta dirigida aos conciliares emitida pela Rede Metodista Confessante. A carta contém uma série de questionamentos dirigidos à igreja.

A Rede pede autonomia do gerenciamento dos recursos humanos, dos recursos financeiros e a admissão de gestores técnicos nas instituições de ensino vinculadas à Igreja Metodista sem a interferência do Colégio Episcopal.
Confessantes comparam os “gastos astronômicos” para construir templos com os recursos destinados a projetos sociais, lembrando que muitas igrejas locais sequer possuem projeto social. “É preciso recordar que Jesus nasceu num estábulo e que, portanto, não faz sentido que o investimento de energia missionária e de recursos financeiros se sobreponha ao investimento maior que é o resgate de pessoas”, justificam.

Eles criticam o plano missionário, aprovado no Concílio, pois segue uma lógica de mercantilização da fé, priorizando cidades com mais de 100 mil habitantes e desconsiderando pequenas cidades desprovidas de assistência dos poderes públicos, e abandonadas pelas mega-igrejas que apenas buscam o crescimento numérico e financeiro.

Frisam que o episcopado na Igreja Metodista é encargo de “serviço especial”, portanto temporário. Não entendem, pois, porque bispos não reassumem funções pastorais em congregações após findarem o período de serviço no bispado. Eles sugerem que os bispos não eleitos “voltem a assumir suas condições primárias de presbíteros”, proporcionando, assim, uma “soma de saberes e vivências que muito contribuirão para o desenvolvimento do caminhar missionário das igrejas locais em todo o Brasil”.

Mas a Rede Confessante foi autorizada a distribuir no conclave manifesto pedindo a anulação de decisão do 18. Concílio, que retirou a Igreja Metodista de todos os organismos ecumênicos que contavam com a presença da Igreja Católica Apostólica Romana. A decisão, argumentam, fere princípios fundamentais do Evangelho – para que todos sejam um - e da tradição metodista. Eles reivindicam a anulação dessa decisão.
Cerca de 250 pessoas participaram, no sábado, 9, do culto de abertura do Concílio, reunido no templo metodista da Asa Sul de Brasília. Na pregação, o bispo João Carlos disse que nada é mais importante do que o reino de Deus e que todos devem se vestir de humildade para que os interesses do alto sobressaiam.  
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Um comentário:

  1. Parabéns aos Irmãos Metodistas pelo zelo em expandir a Boa Nova do Senhor. Interessa-me saber o resultado da reinvidicação em anular o decreto que afasta a Igreja das comissões ecumênicas nas quais se encontra a Igreja Católica. Parabéns aos gestores do blog. Saudações, em Cristo Jesus, do irmão padre Damásio.

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