Rev. Jorge Eduardo Diniz
A glória da cidade de Sarde estava no passado.
Foi a capital da Lídia no século VII a.C, e era uma das cidades
mais magníficas do mundo nesse tempo. Situada no alto de uma colina,
amuralhada e protegida e jamais derrotada por um confronto direto.
Seus habitantes eram orgulhosos e arrogantes. Mas, por duas vezes, a
cidade fora derrotada por um buraco em sua muralha. un único lugar
vulnerável. A igreja entende claramente o que Jesus estava dizendo,
quando afirmou: “Sede vigilantes!... senão virei como ladrão da
noite”. A cidade foi reconstruída e dedicada à deusa Cibele,
divindade creditada com o poder especial de restaura vida aos mortos.
Depois disso, Sardes também passou por um terrento que a destruiu
parcialmente, mais uma reconstrução! A cidade tronou-se famosa pelo
alto grau de imoralidade que a invadiu e a decadência que a dominou.
Quando João escreve esta carta de Jesus à Sades, ela era uma cidade
muito rica, mas totalmente degenerada.
A igreja tornou-se como a cidade. Em vez de
influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma lâmpada
escondida. A igreja de Sardes era poderosa, dona de um grande nome.
Uma igreja que tinha nome e fama, mas não tinha vida. Tinha
performance, mas não integridade. Tinha obras, mas não dignidade.
Jesus envia uma mensagem revelando a necessidade imperativa de
REVITALIZAÇÃO. O primeiro passo é ter consciência de que há
cristãos mortos e outros dormindo que precisam ser despertados.
Jesus escreve de forma imperativa: Sê vigilante; Fortaleça o que
tens: Lembre-se; Obedeça e arrependa-se. Jesus nos chama a um
retorno urgente a sua Palavra. Devemos lembrar, guardar e voltar para
a Palavra de Deus – A igreja tinha se apartado da pureza da
Palavra. A revitalização é resultado dessa lembrança dos tempos
do primeiro amor e dessa volta à Palavra. Deixemos que a história
passada nos desafie no presente a voltarmos para a Palavra de Deus.
Ele nos desafia à vigilância espiritual. A cidade de Sarde fora
invadida e dominada duas vezes porque se sentia muito segura e não
vigiou. Jesus alerta a igreja que se ela não vigiar, se ela não
acordar, ele virá a ela como o ladrão da noite, inesperadamente.
Para aqueles que pensam que estão salvos, mas ainda não se
converteram de fato, aquele dia será dia de trevas e não de luz (Mt
7.21-23). E a última chamada de Jesus é a um retorno à
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Uma consciência
de que estamos em um processo de transformação contínuo sendo
formados à imagem de Cristo até atingirmos a estatura do varão
perfeito, sem vestes manchadas, e sim alvas, limpas.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas! Que Deus envie sobre nós, nestes dias, uma poderosa
revitalização.
(boletim 2ª Igreja Presbiteriana de Belo
Horizonte, 23/02/14)