sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Eis-me aqui

Paulo de Castro


Pensar... O que me chama a atenção nesta palavra é que sua realização não é, em todos os seus níveis, um ato voluntário.
Desde o "penso, logo existo", a própria existência está ligada ao fato de que é o pensamento que nos dá consciência de que "somos". Ser, existir implica em pensar. Independe de religião, credo, convicção política, formação, cultura, etnia ou qualquer outro critério que possamos citar.
Se para todas as pessoas (em todos os lugares e em todos os tempos) podemos assumir como natural, porque não dizer compulsório, o pensar, por que escrever um blog cujo tema maior é a afirmação de que aqueles que crêem (notadamente em um sistema religioso cristão) também podem fazer uso de suas mentes e formular questões relevantes para todos? Vivemos assim tão alienados que faz parecer estranho à sociedade em geral que possamos oferecer conhecimento válido? Algo que valha a pena ser ouvido, concorde-se com o que foi dito ou não?
A verdade é que na maior parte das vezes só participamos dos problemas, questões e “prazeres” da vida em sociedade quando exista algo que nos afete como cristãos. Agimos, interpretando erroneamente que o mundo “jaz no maligno” e que, portanto “dane-se, quem quiser ser salvo converta-se porque a coisa só vai piorar”.
Prefiro olhar para o “vós sois o sal da terra e luz do mundo”. E para que servem a luz e o sal se não são usados, continua o versículo.
Sou cristão por escolha, opção consciente, voluntária. Sou professor, empresário. Voto, pago meus impostos. Amo, sofro, choro e me alegro como qualquer pessoa. Se cortarem minha pele, eu sangro. Sim, eu penso. Não consigo não pensar.
Quero, humildemente, contribuir neste blog. Acho que tenho algo a dizer, principalmente a perguntar.

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