Marcelo Coelho, em sua coluna semanal na Folha de São Paulo, em 25/01/12, página E12 (caderno Ilustrada), traz, sob o título "Indesejáveis, porém cheirosos", algumas reflexões sobre a entrada dos mesmos no Brasil. Destaco alguns trechos:
"O primeiro passo para a degradação definitiva do ser humano é reduzi-lo a isso: um mero ser, sem papeis, sem língua, sem mais que a roupa do corpo.
Antes que sua aniquilação física seja vista como 'natural', 'inevitável' e mesmo 'desejável' (afinal, quem tem paciência para conviver com uma escória animalizada?), é preciso ocorrer a sua aniquilação civil
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Destituídos de sua cidadania, os judeus da Alemanha entraram inicialmente num limbo legal. O processo continuou até que...já não eram nada mais que corpos, cadáveres vivos, para os quais a única 'solução' era acabar de vez com eles.
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"Para o Estado, o imigrante sem papéis não existe'. Como não existe, sua morte - em última análise - não fará a menor diferença.
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Na medida em que a liberdade do homem deixa de ser levada em consideração e se dá mais peso às determinações do meio ambiente ou da genética, oque existe de único em cada indivíduo perde valor."
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