Paul Freston
Encontro de Amigos, 40 anos da Revista Ultimato
Notas tomadas em 31/07/08, de exclusiva responsabilidade do proprietário do blog
Catolicismo brasileiro era caracterizado pela prática popular exótica, poucos sacerdotes, pouca adesão real.
Declínio progressivo da igreja católica.
Os pentecostais são o segundo grupo religioso no país e na América Latina.
12% dos latinos americanos são envangélicos.
Alguns alertam para uma crise no meio pentecostal (que varia de país para país):
- exaustão numérica
- nominalismo (por incrível que pareça)
- apostasia frequente
- não há mais custo social ao mudar de religião
- exigência "demais" no plano ético - o que limita sua capacidade de ser efeito de massa
- incompetência na transformação social
É baixo o nominalismo no Brasil, assim como a apostasia é transitória, principalmente no sexo masculino (o que parece ser uma fase na trajetória).
Existe uma tendência para adequação dos padrões éticos.
Pentecostais:
- predomínio urbano, principalmente na periferia das grandes cidades
- maioria pobre
- maioria com pouca instrução
- maioria não branca
A natureza do ser católico também muda:
- identidade que passa a ser assumida, e não herdade culturalmente
- brancos
- idosos
- masculinos
- muitos carismáticos parecem ser apenas nominais, o que não os diferenciam dos demais católicos.
Os sem religião crescem paralelamente aos pentecostais, principalmente nos jovens masculinos subempregados.
50% dos ex-católicos passam a se denominar evangélicos.
Pelas tendências atuais, nunca haverá uma maioria evangélica no Brasil - talvez o teto seja 35%.
Pentecostalismo e igrejas históricas são um continuum (sujeitos a mudanças por diversas razões), e não categorias estanques.
A igreja católica cresce em vários locais do globo - em alguns lugares, este crescimento sucede ao declínio evangélico.
Falta humildade aos históricos para aprender com os pentecostais.
Nominalismo é consequência do tempo de existência do segmento religioso e do fato dele ter sido a religião oficial ou oficiosa.
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