Eduardo Ribeiro Mundim
Como todo personagem historico, Jesus é, frequentemente, idealizado. Idealizar uma pessoa, ou situação, ou fato, é distorcê-la para que atenda aos nossos anseios e desejos. Não interessa a pessoa, a situação ou o fato, mas se ela é capaz de acalmar alguma angústia, satisfazer alguma expectativa ou realizar um sonho.
Jesus não é qualquer um. Proclama a si mesmo, com toda a humildade, Filho de Deus em um sentido único, impossível de ser compartilhado por qualquer outra pessoa:"Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30). Detém um poder que ninguém mais tem - quem poderia enfrentar um anjo isolado, quanto mais 12 legiões? (a legião romana contava com 3000 a 8000 homens - portanto, Jesus falava de 3600 a 96000 anjos - Mt 26.53). Único ser humano que não foi detido pela morte, mas ressuscitado de modo que está até hoje vivo, ainda que não visível aos nossos olhos.
Portanto, ser cristão poderia ser partilhar algo deste poder e desta relação com o Pai. Mas, quando idealizada, esta partilha supõe apenas lucro, não perda. Afinal, poderia ser proclamada, com fé, a frase de para-choque de caminhão "não sou o dono do mundo, mas filho dele".
Mas o que Jesus promete aos que o buscam? Afirma que, diferente de outras propostas religiosas da época, seu fardo é leve e seu jugo, suave (Mt 11.30). Contudo, veio trazer a espada a terra, e não a paz; a desavença familiar, e não a harmonia. Afirma que requer amor superior ao amor pelos filhos ou pelos pais, e que somente terá vida aquele que a perder, tomando a mesma cruz que Ele (Mt 10.34-39). E afirma que não colocará os interesses pessoais, Seus ou de Seus amigos, acima do programa do Reino. Se não, por qual razão permitiu que Lázaro morresse, e que sua família, e Ele mesmo, enlutasse? Afinal, Ele adiou sua ida a Betânia, tendo chegado lá quatro dias após o óbito quando poderia ter chegado antes. (Jo 11)
Este Jesus que faz sofrer não é porta-voz de algum "deus do sofrimento". Apenas ressalta que seus seguidores estarão permanentemente no mesmo vale da lágrimas que os seus não-seguidores, porque é isso mesmo que Ele, sendo Deus, fez (Fp 2.1-11). Ordena que ser cristão não é opção de boa vida, mas de serviço ao próximo. Estabelece que ser seguido, em amor, pode custar a morte aos seguidores.
Ser cristão não é uma escolha a ser feita sem pesar cuidadosamente as consequências...
Jesus não é qualquer um. Proclama a si mesmo, com toda a humildade, Filho de Deus em um sentido único, impossível de ser compartilhado por qualquer outra pessoa:"Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30). Detém um poder que ninguém mais tem - quem poderia enfrentar um anjo isolado, quanto mais 12 legiões? (a legião romana contava com 3000 a 8000 homens - portanto, Jesus falava de 3600 a 96000 anjos - Mt 26.53). Único ser humano que não foi detido pela morte, mas ressuscitado de modo que está até hoje vivo, ainda que não visível aos nossos olhos.
Portanto, ser cristão poderia ser partilhar algo deste poder e desta relação com o Pai. Mas, quando idealizada, esta partilha supõe apenas lucro, não perda. Afinal, poderia ser proclamada, com fé, a frase de para-choque de caminhão "não sou o dono do mundo, mas filho dele".
Mas o que Jesus promete aos que o buscam? Afirma que, diferente de outras propostas religiosas da época, seu fardo é leve e seu jugo, suave (Mt 11.30). Contudo, veio trazer a espada a terra, e não a paz; a desavença familiar, e não a harmonia. Afirma que requer amor superior ao amor pelos filhos ou pelos pais, e que somente terá vida aquele que a perder, tomando a mesma cruz que Ele (Mt 10.34-39). E afirma que não colocará os interesses pessoais, Seus ou de Seus amigos, acima do programa do Reino. Se não, por qual razão permitiu que Lázaro morresse, e que sua família, e Ele mesmo, enlutasse? Afinal, Ele adiou sua ida a Betânia, tendo chegado lá quatro dias após o óbito quando poderia ter chegado antes. (Jo 11)
Este Jesus que faz sofrer não é porta-voz de algum "deus do sofrimento". Apenas ressalta que seus seguidores estarão permanentemente no mesmo vale da lágrimas que os seus não-seguidores, porque é isso mesmo que Ele, sendo Deus, fez (Fp 2.1-11). Ordena que ser cristão não é opção de boa vida, mas de serviço ao próximo. Estabelece que ser seguido, em amor, pode custar a morte aos seguidores.
Ser cristão não é uma escolha a ser feita sem pesar cuidadosamente as consequências...
publicado originalmente na página www.segundaigreja.org.br