sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Saúde integral e crise global: Nossa resposta a Deus

Interseve
Palestra 4

Deus permanece preocupado com o mundo que criou. A crise da queda não O pegou de surpresa, pois Ele já tinha a resposta na eternidade. Em Jesus, Ele rearranja o mundo.

Nossas crises são oportunidade para a ação de Deus.

O maior texto de missões na bíblia é Jo 3.16. Deus amou o kosmos, toda a ordem criada. E após a ressurreição, Ele diz “assim como o Pai me enviou, Eu vos envio”.

Jo 9: a cura de um cego de nascença.

Como Jesus serve de modelo de resposta para nosso mundo corrompido?

1) A primeira coisa a respeito das missões é que elas são uma transformação da desesperança. Os discípulos tiveram a mesma reação que a igreja tem frente a uma situação sem esperança: um debate teológico. “Quem pecou?”

As necessidades do mundo, sua situação, é de sem esperança, mesmo quando saímos do macro para o micro, do mundo para nosso mundo, nossa família.

Jesus faz lama com saliva e pó – assim como no Jardim Deus faz o mesmo! Deus é a favor da vida, incluindo dentro da corrupção. Ele não aceita a guerra, a exploração, a opressão (crianças, mulheres, imigrantes), a mortalidade materno-infantil, da corrupção da natureza.

Segundo Isaías o Reino é de esperança, justiça e equidade.

2) O Reino de Deus está presente, seja reconhecido ou não. Algumas pessoas reconheceram o milagre, outros não e outros disseram que o operado era obra maligna. Não importa qual nossa opinião, mas o Reino de Deus estava lá.

O trabalho de saúde, ou qualquer outro, é, muitas vezes rejeitado, quando pessoas se convertem. Mas o Reino está lá (tanto no trabalho, quanto na conversão).

Jesus se cercava dos marginalizados, dos oprimidos, dos rejeitados. O Reino de Deus se torna visível através de palavras, obras e sinais. “Palavras esclarecem o significado das obras. Obras atestamo significado das palavras. Mas,mais importante, os sinais anunciam a presença e o poder de quem é radicalmente outro e que é a fonte de todas as boas obras e autor das únicas palavras que trazem a vida em sua plenitude” (Bryant Myers)

Mas nosso mundo está cheio de palavras, e as obras são o significado das palavras, que vão esclarecê-las. E os sinais dão o significado final.

O Reino de Deus está próximo porque ele se manifestou na pessoa de Jesus. Não é simplesmente uma ideia teológica, mas uma presença atuante: “um nome com uma face humana, Jesus”. E hoje ele se encontra no Seu corpo, na Igreja.

Jesus ofereceu sua graça livremente, independente do reconhecimento das pessoas. Ele curava, expulsava os demônios, aceitava as pessoas sendo reconhecido ou não por elas. Deus é pró-vida e nos chama a dar gratuitamente. Exemplo: a cura dos 10 leprosos.

3) Missão é transformação total pela fé em Jesus. Jesus não considerou Seu trabalho encerrado com a cura da cegueira, mas buscou o homem para lhe dar a oportunidade de reconhecê-Lo.

Jesus oferece a graça e oferece a Si mesmo. Quando a mulher com hemorragia O tocou, quando a caminho da agonizante filha de Jairo, Jesus interrompe a pressa para confrontá-la pessoalmente com Ele mesmo, às custas do sofrimento da casa de Jairo. A graça não pede nada em retorno, mas oferece mais, a oportunidade de ser discípulos.

Somos diferentes porque também levamos uma busca por resposta pessoal a Jesus.

4) A fé tem um preço. A resposta a crise tem um preço, inclusive o preço da resposta pessoal. O cego, mesmo antes de vê-Lo, é rejeitado e expulso da sinagoga. A graça de Deus nem sempre nos conduz a uma vida feliz. Provavelmente é a primeira pessoa na bíblia perseguida pelo nome de Jesus (e ele ainda nem O conhecia!).

O Reino vem com poder porque Jesus estava disposto a sofrer! Não é pela fuga do sofrimento que veremos a transformação – há sempre um preço. (II Tm 3.12)

Sofrimento e transformação andam juntos. É o meio da graça de Deus.

No meio de nossa carreira, Deus tem nos chamado a sermos fazedores de discípulos.
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texto elaborado por Eduardo R Mundim durante a exposição

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