quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A Nada fácil vida do cristão

Apesar do avançar da hora, os presentes ao culto matutino na Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte no último dia 07, foram brindados com minutos especiais. Toda a liturgia e intervenções se combinaram com a mensagem, entregue pelo pastor José Roberto, secretário do Conselho Coordenador da Igreja Presbiteriana Unida.

Transcrevo a mensagem como entendi, como refleti sobre ela, sem a preocupação de relatar, palavra por palavra, o que foi dito. E o título que dou a ela é "a nada fácil vida do cristão", para contrastar com a postura sacrílega da assim chamada teologia da prosperidade. O texto de Hebreus 11, que não me havia ocorrido até então, descreve a vida de pessoas vocacionadas por Deus ao longo da história:

1. Abel, morto pelo irmão, que ficou com ciúmes de sua oferta

2. Enoque, que não morreu - nada é falado dos seus sofrimentos

3. Noé, que salvou a si e a sua família, em que pese o escárnio que o vitimou enquanto construía a arca

4. Abrão, peregrino sobre a Ásia Menor

5. Abraão, testado de forma cruel (o texto  bíblico nada fala das emoções do patriarca, apenas que ele cumpriu a ordem de sacrificar seu único filho, através do qual Deus cumpriria sua promessa. Teria ido ele isento de sentimentos?)

6. Isaque abençoa seus filhos

7. Jacó pagou caro pelos seus erros

8. José sofreu o ódio dos irmãos, e sobreviveu à tentativa de assassinato e à possibilidade de vingança

9. Moisés se torna menor abandonado por decreto de faraó

10. Moisés prefere a desonra, a peregrinação pelo deserto, a incredulidade do povo

11. Raabe, para não ser morta, trai seu povo, tornando possível o juízo divino sobre Jericó

 Do verso 35 em diante as bênçãos divinas sobre os amados de Deus são descritas: torturas, zombarias, açoites, correntes, prisão, apedrejamento, serrados  pelo meio, mortos pela espada, peregrinação, pobreza, aflição e maus tratos. O mundo não era digno deles. Apesar disto, não negaram a fé, mas a mantiveram. Não amaram mais a própria vida, mas a obediência à palavra - mais uma vez insisto, como já fiz antes, que a vida não é o bem supremo nas Escrituras, mas a obediência. E não estou dizendo que sou um exemplo!

 Deus não nos chama para uma vida tranquila - que pode até acontecer. Chama para uma vida de trabalho ao próximo, servindo-o independente de sua aceitação do Evangelho, porque o cristão é aquele que atualiza a presença de Cristo neste mundo caído.


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