terça-feira, 14 de outubro de 2008

Apelo de Santo Agostinho

"Normalmente, mesmo um não cristão sabe alguma coisa sobre a terra, os céus e outros elementos deste mundo, sobre o movimento e a órbita das estrelas e mesmo seus tamanhos e posições relativas, sobre eclipses previsíveis do dol e da lua, os ciclos dos anos e das estações, os tipos de animais, arbustos, pedras, e assim por diante. Tais conhecimentos ele sustenta, tendo-os como certos por contada razão e da experiência.

 

Agora, é algo vergonhoso e perigoso para um infiel ouvir um cristão que tira conclusões precipitadas a respeito do sentido das Sagradas Escrituras e diz bobagens sobre esses tópicos; e devemos empregar todos os meios para evitar esse tipo de situação constrangedora, na qual as pessoas mostram se vasto desconhecimento sobre os cristãos e fazem pouco deles.

 

 É muita vergonha, não porque um indivíduo ignorante é ridicularizado, mas porque as pessoas que não conhecem a religião acham que nossos sagrados escritores sustentam tais opiniões e, infelizmente para aqueles por cuja salvação trabalhamos arduamente, os autores de nossas Escrituras são criticados e rejeitados como se fossem homens ignorantes. Se encontrarem um cristão cometendo um erro em um campo que eles conhecem bem e o ouvirem defendendo suas opiniões idiotas sobre nossos livros, como acreditarão nesses livros e em assuntos referentes à ressurreição dos mortos, à esperança de vida eterna e ao reino dos céus, quando pensam que suas páginas se acham cheias de falsidades sobre fatos que eles aprenderam pela experiência à luz da razão?"

 

Santo Agostinho, Comentário ao Gênesis, 19:39, segundo Francis S Collins in A Linguagem de Deus: um cientista apresenta evidências de que Ele existe, pg 162-3, Editora Gente, São Paulo, SP, 2007

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