segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Fé, Ciência e Bioética VI

O CONFLITO FÉ E CIÊNCIA

 

A complexidade das razões do conflito fé e ciência não permite, neste espaço, uma análise pormenorizada. Pincei alguns que, provavelmente, todos já consideramos.

 

A associação com o poder político é um golpe severo na imparcialidade científica - exemplo recente, as provas científicas da superioridade da raça ariana fornecidas pelo III Reich. É um golpe mortal para a transcendência da fé - exemplo maior, a cristianização do império romano com seu reflexo posterior, a igreja-estado da Idade Média. Caracteriza-se por um fato absolutamente antidemocrático e antipático: o uso do poder de polícia, da força bruta, para impor idéias ou "fatos".

 

A ambição pelo monopólio da verdade, com a suposição implícita de que é possível exercê-lo e consequentemente a destruição daquele que não o detém. Não é o pano de fundo da controvérsia "criação X evolução"?

 

O preconceito de parte a parte. O cientista é um ateu, agnóstico, "contra Deus". O crente, supersticioso, obscurantista, retrógrado, conservador.

 

O desejo pela autonomia. Termo filosófico que significa ser o autor das próprias regras, no lugar da heteronomia, que é submeter-se às regras dos outros. Ou seja, quem determina o que é certo e o que é errado?

 

Neste ponto ligamos ciência, fé e ética.

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