O pastor Charles
L. Worley da Igreja Batista de Providence Road em Maiden, na Carolina do
Norte, provocou uma enorme polêmica nos Estados Unidos ao propor, no
púlpito de sua igreja (vídeo abaixo) no último dia 13 de maio, a criação
de campos de concentração com cercas eletrificadas, de cerca de 100 a
150 milhas (de 155 a 233 km) de diâmetro, reunindo em um deles todas as
lésbicas, em outro todos os gays, jogar comida para eles (de avião ou
helicóptero, provavelmente), até que eles morram por causas naturais e -
assim - não existam mais homossexuais no país.
Por mais que seja
um exagero de retórica de profundo mau gosto contra a declaração do
presidente Barack Obama a favor do casamento gay, a pregação do pastor
Worley revela o quanto o discurso evangélico atual se tornou refém de um
debate político-ideológico sobre identidade sexual cujos excessos e
grosserias em nada contribuem para que vidas - inclusive dos
homossexuais - sejam transformadas pelo puro e simples evangelho de
Cristo. Mais afasta do que atrai.
Além disso, o
pastor Worley imagina que, uma vez confinados e exterminados todos os
homossexuais do seu país (ou do mundo, quiçá) por este método que,
digamos, lembra certas práticas alemãs de meados do século XX contra
judeus e homossexuais (entre outros), as novas gerações não produzirão
mais homossexuais. A não ser que já prevejam reaproveitar futuramente os
campos de concentração que - a essa altura do campeonato - estarão
vazios e sem serventia.
Se é esta a mensagem do evangelho para o século XXI, algo muito estranho está acontecendo com o cristianismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário