From: Suzuki e  Marcia 
  Sent: Friday, September 26, 2008 11:39 AM
 Subject: infanticídio e missionários na mídia americana
----- Original Message -----   
                                      
Queridos amigos e irmãos,
 A campanha  a favor da vida das crianças indígenas chegou à grande  mídia americana. Dan Harris, jornalista da ABC veio ao Brasil, entrevistou  vários missionários da JOCUM de Porto Velho, nós da ATINI, membros da FUNAI, de  ativistas  de direitos humanos. Como resultado deste trabalho, o  debate pegou fogo nos Estados Unidos nos últimos dias. Houve uma matéria no  jornal escrito USA Today, uma  reportagem de 8 minutos no Nightline da ABC  e uma entrevista no jornal CBN. Além disso o assunto tem sido abordado em  programas de rádio e a discussão tem sido acirrada na internet.
 Em todas as entrevstas ficou claro que há uma   campanha de pessoas da FUNAI para desacreditar a luta  a favor da vida das crianças indígenas. Eles dizem que o infanticídio é  raríssimo e  tentam confundir e distrair a opinião pública, desviando  o foco  da discussão para a questão religiosa. Eles afirmam  que toda  essa questão é na verdade um exagero de missionários. 
 Alegam que o que os missionários querem através dessa campanha é  justificar a evangelização das tribos. A FUNAI joga pesado, acusa a JOCUM de  crimes terríveis como escravização de indígenas e sequestro de crianças das  aldeias. Missionários são retratados como fanáticos e fundamentalistas e até  brutais. As falas são editadas - há muita manipulação e sensacionalismo. Mesmo  sabendo que a luta contra o infanticídio tem sido levada adiante principalmente  pela ATINI, que é uma organização não-religiosa, que inclui vários indígenas em  seus quadros, o jornalista omite este fato. A idéia é reduzir tudo a uma guerra  religiosa. 
 Na nossa opinião, a maior fraqueza das reportagens é que o lado dos  indígenas envolvidos na questão foi completamente omitido. Dan Harris não  colocou em nenhum momento que são as famílias indígenas que estão lutando para  salvar suas crianças, e estão pedindo ajuda da nossa sociedade. A ausência dessa  informação fundamental faz parecer que nosso movimento milita contra os  indígenas. Isso é uma grande distorção, pois nosso movimento existe exatamente  para dar voz a eles.  
 Mas mesmo com essas falhas, o problema do direito à vida das  crianças indígenas vem à luz com essas reportagens. A luta pelos direitos das  crianças indígenas não é uma guerra religiosa. As contradições do relativismo  cultural ficam evidentes - uma ativista de direitos indígenas chega a dizer  que matar uma criança, em certas circusntâncias, é a "coisa mais gentil que  pode ser feita a ela". Depois dos programas já fui entrevistada por uma rádio  americana  e o apresentador, Jeff Whitaker, mostrava-se evidentemente  chocado com a frieza com que a vida destas crianças é tratada.  
 No final, a matéria da ABC, a maior de todas, aponta para a  vida. Ele termina mostrando Hakani brincando, falando, sorrindo, saudável (e  linda!). O jornalista termina a matéria dizendo que olhando para ela,  feliz e saudável, fica difícil dizer que teria sido melhor que ela tivesse  sido morta. 
 Por favor, pedimos que vocês orem pelos missonários da Jocum de Porto  Velho, especialmente implicados neste debate - as acusações da FUNAI são  terríveis. Orem também por nós, pela nossa equipe e pelas crianças da  ATINI, que Deus as proteja de todo o mal. Orem pela Hakani, que ela continue  feliz e saudável, e que sua vida continue sendo um exemplo e inspiração para  muitos. 
 O link dos programas segue abaixo, assistam e tirem suas próprias  conclusões. Pedimos que, se possível, nos envie sua opinião.
 Um abraço e  muito obrigado pela participação, pelas orações e pelo apoio. Vamos  continuar levantando a voz em nome da vida, mas sem esquecer que há sempre  um preço a pagar.
 
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