Após o atentado às torres gêmeas em 11 de setembro participei de um encontro na Assembléia. Legislativa em São Paulo, com lideranças islâmicas, judaicas , budistas e cristãs. Ficou evidente nos debates o fato de que no interior de cada grupo e nação há os fundamentalistas obtusos, os incendiários mal-amados, mas também uma boa parcela e gente que prefere conversar e buscar entendimento com pessoas e grupos distintos, sem demonizar nem excluir, nem temer acusações de fraqueza diante do "inimigo". Na minha fala disse que para construirmos a paz necessitamos identificar e isolar estes frios radicais do nosso próprio lado. Pois os poderosos tem sua própria agenda que querem impor como da maioria.
Se as mulheres e crianças pudessem ser ouvidos e não apenas os teocratas e patriarcas machistas dos dois lados do conflito muita coisa mudaria para melhor. Estes obtusos frios são bem retratados no livro o Caçador de Pipas e no chinês A Montanha e o Rio de Da Chen. A população é sempre bucha de canhão de pregadores fanáticos quanto de políticos e militares carreiristas. Por que velhos mulás não se candidatam a ser homem-bomba, mas somente jovens de 18-25 anos? Do mesmo modo que as potências dominantes, USA, Rússia e etc. manipulam recursos, inteligência e burrice dos envolvidos para seus objetivos estratégicos.
Quanto ao boicote ao turismo religioso acho que poderá ser ainda pior para as populações locais dos dois lados, pois o estrangeiro trás opções de liberdade, informações não-censuradas e recursos para a sobrevivência de muita gente.
Ageu Henriger Lisboa
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