JERUSALÉM, terça-feira, 6 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O testemunho de um pároco de Gaza provocou um calafrio entre os participantes do encontro de oração pela justiça e paz, celebrado em 4 de janeiro passado, com o apoio dos 13 responsáveis das Igrejas de Jerusalém.
Bento XVI se uniu ao chamado à paz nesse mesmo dia, ao dirigir de Roma a oração mariana do Ângelus.
O encontro, celebrado na igreja dos dominicanos de S. Estevão de Jerusalém, reuniu cristãos palestinos e cristãos de língua hebraica.
Depois de uma meditação dirigida pelo patriarca latino emérito, sua beatitude Michel Sabbah, leu-se em árabe uma emocionante mensagem do Pe. Manuel Musallam, pároco da paróquia latina de Gaza.
«Do vale das lágrimas, de Gaza banhada em seu sangue, um sangue que sufocou a felicidade no coração de um milhão e meio de habitantes, eu vos dirijo estas palavras de fé e esperança», começou dizendo, segundo o texto referido pela Custódia da Terra Santa.
«Não utilizarei a palavra ‘amor’, essa palavra ficou engasgada inclusive em nossas gargantas de cristãos», reconheceu.
A mensagem continuou com o relato da morte de Cristina, uma jovem de 15 anos, falecida por uma crise cardíaca sob os contínuos bombardeios.
O ataque foi provocado pelo frio de uma casa cujos tetos e janelas haviam saltado pelo ar, pela fome, pela falta de sono e pelo medo.
O Pe. Manuel descreve uma situação dramática, particularmente nos hospitais.
Na assembléia, enquanto se lia sua mensagem, alguns choravam.
A mensagem do Pe. Manuel terminou com um canto que invoca a paz do Senhor. A assembléia recebeu suas palavras acendendo velas.
«Nestas horas convulsas, não podemos fazer outra coisa senão apoiar-nos na oração», declara o custódio da Terra Santa, o franciscano Pierbattista Pizzaballa.
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Fonte: zenit
publicado originalmente em O Absurdo e a Graça
Crer não é sinônimo de não pensar. Crer implica em pensar, em relacionar fé com a realidade, questionando uma a partir da outra. O conteúdo são pensamentos às vezes rápidos, em elaboração; outros, já mais elaborados. Ambos buscando provocar discussão e reposicionamentos, partindo sempre da confissão de fé protestante. Os artigos classificados como "originais" podem ser reproduzidos desde que com a menção da fonte e autoria. Ano V
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